domingo, 6 de abril de 2014

Nova infância

Não vou nem me desculpar pela ausência. Porque, hoje em dia, a única certeza que tenho é a de que não escreverei amanhã. Pode até soar triste, mas, enquanto a falta de tempo para o Filhosofias for a consequência das opções de vida que livremente fizemos, não é.
Enfim, poderia estar melhor se tivesse mais tempo pra escrever. Não havendo, estamos todos bem, mesmo assim.

Indo ao ponto, a noticia é a seguinte: semana passada conversava com o João Pedro sobre o tempo que ele passa no mundo virtual e sobre como é importante ter experiências no mundo real. Por exemplo, disse a ele, sei que é legal acompanhar as façanhas que seus amigos da escola realizam, na hora do recreio, nos jogos eletrônicos (soube que ele se esqueceu de lanchar porque ficou fascinado com um desses games); contudo, afirmei, é preciso usar o tempo livre para correr, brincar, conversar, suar e comer no intervalo das aulas.

Como de costume, ele contra-argumentou: mas a gente brinca. Como de costume, eu retruquei: brinca como? E ele: brincamos de gmail. Como assim, João, de gmail?
E ele: A gente brinca de mandar recados uns para os outros, e quem é o gmail tem correr bastante para dar conta da brincadeira.

Olhei pra mãe dele com cara de quem não sabe nada e disse: Ah, então, tá.

Desde daquele dia estou pensando em como virtualizar o "correio elegante", a "ciranda", a "mãe da rua", entre outras brincadeira de nossa velha infância. Mas acho que é melhor começar fazendo uma busca no Google...